terça-feira, 12 de julho de 2011

Aventura gastronômica - Parte II


Era uma tarde fria, devido a um rigoroso inverno que assolava o Rio de Janeiro. Rigoroso inverno? Bem, para nós, cariocas, sim. O primeiro prato já havia sido fotografado e degustado com muito prazer pelo jornalista. (leia o primeiro capítulo)

A segunda receita se aproximava e, com ela, uma fumaça exalava da comida recém preparada, que despertava os sentidos olfativos do jornalista, que ansiava para devorar mais aquela iguaria. A máquina fotográfica estava preparada para uma sequência de fotos, digo, de tentações. Os cliques disparavam, enquanto ele alternava a posição, cada vez mais encantado.

Por um momento, seus olhos se fixaram na refeição, suas mãos ficaram trêmulas, vê-la já não era o suficiente, o perfume só aumentava o desejo. Ele queria devorá-la. A sessão de fotos finalmente havia acabado. A esperada hora de abocanhar aquela tentação havia chegado.

Uma massa fininha de capellini, preparada de forma artesanal, salteada com frutos do mar e tomates frescos cortados em singelos cubos era um convite irresistível ao pecado da gula. De cara, ele percebeu que ali, naquela receita, havia uma forte influência européia, do mediterrâneo da Itália, para ser mais exato, e com referências brasileiras, é claro. Seria perfeito para uma crítica gastronômica.

E foi lambendo os beiços que ele se despediu dessa maravilhosa receita e se preparou para o terceiro prato. 

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